sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Teste do Pezinho

O teste do Pezinho é a forma mais comum de se referir aos exames de laboratório que fazem parte da Triagem Neonatal. O exame passou a ser assim chamado porque a coleta do sengue é feita na parte lateral do calcanhar do recém nascido.

Na verdade, não é um único exame, mas um conjunto de exames desenvolvidos para identificar, dentro da população aparentemente saudável, bebês que possam apresentar doenças genéticas e infecciosas congênitas que geralmente se manifestam ao nascimento, mas que necessitam de tratamento precocemente, para impedir complicações e sequelas.

A Triagem Neonatal é considerada, no mundo todo, uma das ações preventivas mais importantes dentro da pediatria. no Brasil, o Ministério da Saúde criou em 2001 o Programa Nacional de Triagem Neonatal por meio de uma portaria que trona obrigatória a realização da Triagem de quatro doenças (fenilcetonúria, fibrose cística, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme) em todas as crianças nascidas em território nacional. Existe um número maior de doenças que podem se incluídas, além daquelas determinadas pelo Ministério da Saúde, e cujos exames são oferecidos por laboratórios privados. a decisão sobre quantas e quais serão investigadas deve ser tomada pelo médico da criança juntamente com a família.

O momento ideal para a coleta de sangue é entre 3 a 7 dias de vida. Antes de 3 dias, o bebê ainda não se alimentou o suficiente para que as alterações possam ser detectadas pelo exame. Após uma semana de vida, algumas das alterações causadas pelas doenças podem já ter se manifestado, tornando-se, às vezes, irreverssível.

É importante lembrar que qualquer anormalidade encontrada no Teste do Pezinho deve ser confirmada por outros exames, a serem solicitados pelo pediatra. Os testes de Triagem não são considerados definitivos para o diagnóstico.

Referências:
Texto: Dr Letícia Leão, Médica Pediatra. patologando.blogspot.com

Hipertensão Arterial

O Ministério da Saúde investe R$ 5 milhoes em prevenção da hipertensão, prevendo a junção de dados de 14 centros de pesquisa clínica no Brasil em hospitais de ensino. O objetivo do investimento do governo federal é assegurar infra-estrutura para desenvolver pesquisas clínicas em temas que priorizem as necessidades do Sistema Único de Saúde e criar rede nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino. Com a construção das unidades, o MS avalia que será possível executar várias linhas de pesquisas, com novos medicamentos para tratar prioritariamente a pré-hipertensão e a hipertensão arterial. Cada uma das unidades estará capacitada a desenvolver todas as fases de ensaios clínicos de medicamentos, procedimentos, equipamentos e dispositivos para diagnóstico de doenças, contando com a participação de pacientes voluntários.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão, www.sbh.org.br/geral

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Alterações vasculares na inflamação aguda

Os principais mecanismos de defesa do hospedeiro são os anticorpos e leucócitos encontrados na sua corrente sanguínea. Na inflamação, os vasos sofrem alterações, o que facilita o movimento das proteínas plamáticas e células sanguíneas da circulação para o local da lesão ou da infecção.

Vasodilatação:
É uma das primeiras manifestações inflamatórias, geralmente após uma constricção. Provoca aumento do fluxo sanguíneo, caracterizado por calor e rubor. É induzida por histamina e óxido nítrico. Em seguida aumenta a permeabilidade, causando extravasamento das proteínas.
A perda de líquido concentra hemácias e aumenta a viscosidade do sangue (isso dilata os vasos e deixa o fluxo mais lento); situação conhecida como 'estase'.

Aumento da permeabilidade vascular:
É uma característica fundamental da inflamação aguda. Quando o plasma perde proteínas aumenta a pressão osmótica no interstício e diminui a a pressão osmótica no capilar. Por estar associado à pressão hidrostática (maior fluxo de sangue pelos vasos dilatados), esse fenômeno provoca extravasamento de fluido e o seu acúmulo no interstício, situação conhecida como edema.